15.4.12

2º Capítulo - “algo de muito mau tinha acontecido”

Estava tudo a olhar para nós! Eu corei de vergonha e fui-me embora dali a correr. Tranquei-me na casa de banho. Ali havia um mini espelho onde (em bicos dos pés) me observei. Estava muito vermelha, mas com um sorriso na cara que não conseguia tirar. Não sabia porque estava assim. Um pouco depois ouço alguém a bater à porta. Era o Duarte:
- Filipa! Abre a porta, sou eu o Dudu. Abre por favor! Desculpa o que se passou, não o devia ter feito. Usei-te para provar aos outros que gostava de raparigas. Sei que não foi bonito de se fazer, mas não foi por mal. Desculpa Fifi! - Sim ele por vezes tratava-me por Fifi, apesar de saber que eu odiava que o fizesse.
- Não me chames Fifi, sabes que eu não gosto!
- Ok, se saíres daí eu nunca mais te chamo isso...
- Está bem! – E com isto abro a porta.
Nesse momento o Duarte abraça-me com muita força pedindo-me desculpa. Eu, obviamente perdoo! Afinal era meu amigo.
Nos próximos dias as coisas ficaram um pouco estranhas entre nós, porque eu cada vez que olhava para ele lembrava-me daquele beijo. E também, por mais que quisesse esquecer não conseguiria pois todos os dias os meus ‘amigos’ da turma mo relembravam! Eu já me estava a fartar daquilo. Mas dentro de umas semanas já todos se tinham esquecido da história.
Ao longo dos anos, a nossa amizade foi crescendo muito. No 4º ano já ninguém tinha dúvidas que nós éramos melhores amigos, e por vezes até dizíamos que éramos irmãos, irmãos de coração.
E chegámos ao 5º ano. Escola nova, turma nova, pessoas novas. Nós ficámos juntos na mesma turma, o que foi um alívio. Mais uma vez refugiámo-nos um no outro, já que não conhecíamos ninguém. A partir desse ano, o Dudu vinha-me sempre buscar a casa para irmos para a escola juntos. Tocava à porta do prédio e eu descia. Assim sempre íamos conversando e pondo a conversa em dia, já que nas aulas não o podíamos fazer.
Neste mesmo ano, o Duarte passou por situações muito más. Os seus pais não se andavam a entender, passavam a vida a discutir e algumas vezes o pai saía chateado de casa e só voltava de madrugada, bêbado e agressivo. Começava aos berros com a mulher (Mariana) e com o filho. No início, isto só acontecia de vez em quando, mas com o passar do tempo as coisas foram piorando e foram-se tornando cada vez mais comuns. Obviamente que o Dudu chegava à escola no dia seguinte muito em baixo e triste, pois tinha muito medo que o pai fizesse algo de mal à mãe.
Um dia, o Duarte esperava-me lá em baixo, como era habitual. Mas estava diferente. Estava agressivo, triste, parecia magoado e mal conseguia olhar para mim. Ele não me quis dizer o que se passava, mas eu sabia que algo de muito mal tinha acontecido.
Estava tudo a olhar para nós! Eu corei de vergonha e fui-me embora dali a correr. Tranquei-me na casa de banho. Ali havia um mini espelho onde (em bicos dos pés) me observei. Estava muito vermelha, mas com um sorriso na cara que não conseguia tirar. Não sabia porque estava assim. Um pouco depois ouço alguém a bater à porta. Era o Duarte:
- Filipa! Abre a porta, sou eu o Dudu. Abre por favor! Desculpa o que se passou, não o devia ter feito. Usei-te para provar aos outros que gostava de raparigas. Sei que não foi bonito de se fazer, mas não foi por mal. Desculpa Fifi! - Sim ele por vezes tratava-me por Fifi, apesar de saber que eu odiava que o fizesse.
- Não me chames Fifi, sabes que eu não gosto!
- Ok, se saíres daí eu nunca mais te chamo isso...
- Está bem! – E com isto abro a porta.
Nesse momento o Duarte abraça-me com muita força pedindo-me desculpa. Eu, obviamente perdoo! Afinal era meu amigo.
Nos próximos dias as coisas ficaram um pouco estranhas entre nós, porque eu cada vez que olhava para ele lembrava-me daquele beijo. E também, por mais que quisesse esquecer não conseguiria pois todos os dias os meus ‘amigos’ da turma mo relembravam! Eu já me estava a fartar daquilo. Mas dentro de umas semanas já todos se tinham esquecido da história.
Ao longo dos anos, a nossa amizade foi crescendo muito. No 4º ano já ninguém tinha dúvidas que nós éramos melhores amigos, e por vezes até dizíamos que éramos irmãos, irmãos de coração.
E chegámos ao 5º ano. Escola nova, turma nova, pessoas novas. Nós ficámos juntos na mesma turma, o que foi um alívio. Mais uma vez refugiámo-nos um no outro, já que não conhecíamos ninguém. A partir desse ano, o Dudu vinha-me sempre buscar a casa para irmos para a escola juntos. Tocava à porta do prédio e eu descia. Assim sempre íamos conversando e pondo a conversa em dia, já que nas aulas não o podíamos fazer.
Neste mesmo ano, o Duarte passou por situações muito más. Os seus pais não se andavam a entender, passavam a vida a discutir e algumas vezes o pai saía chateado de casa e só voltava de madrugada, bêbado e agressivo. Começava aos berros com a mulher (Mariana) e com o filho. No início, isto só acontecia de vez em quando, mas com o passar do tempo as coisas foram piorando e foram-se tornando cada vez mais comuns. Obviamente que o Dudu chegava à escola no dia seguinte muito em baixo e triste, pois tinha muito medo que o pai fizesse algo de mal à mãe.
Um dia, o Duarte esperava-me lá em baixo, como era habitual. Mas estava diferente. Estava agressivo, triste, parecia magoado e mal conseguia olhar para mim. Ele não me quis dizer o que se passava, mas eu sabia que algo de muito mal tinha acontecido.

3 comentários:

Cláudia disse...

Uuuuh, está a ficar interessante :o

quase-princesa disse...

Lool e ainda vai ficar mais u.u

Anónimo disse...

Esse rapaz tem muito em comum comigo,até as coisas menos boas :/