2.8.12

15º Capítulo - “Casas comigo?”

Peço desculpa pela demora, mas andava sem tempo para escrever. Aqui fica mais um capítulo:


- Oh não é nada, a sério! – Disse ele.
- Duarte Nuno! – Respondi, acendendo a luz e fazendo cara séria.
- Ok ok. – Ele percebeu que não tinha alternativa. – É que…
- Oh Dudu diz lá! Já sabes que podes contar comigo… - Agora estava sentada na minha cama, séria, a olhar para ele também sentado. 
- Casas comigo? 
- Hã?! – Fiquei perplexa a olhar para ele! 
- Quer dizer – começou a explicar – se continuarmos os dois solteiros até p’rá aí… aos 30 anos, prometes que casas comigo? 
- Ah! Assustaste-me! – Subi para a cama dele, até estar relativamente perto dele e olhei-o nos olhos, séria. – Claro que caso meu príncipe… Mas a que propósito vem isso agora? 
- Não sei… Foi uma ideia que me surgiu. Já imaginaste nós os dois tipo… casados? Era bué louco! 
- Podes crer – disse a rir – mas acho que ainda falta algum tempo até precisarmos de pensar nisso… 
- Sim tens razão… Mas só queria saber! Eu nunca te quero perder minha princesa… - Disse abraçando-me. Os seus abraços sabiam tão bem!
- Eu também não meu príncipe! Vá mas agora vamos dormir que já é tarde. 
- Ok. Dorme bem princesa, gosto muito de ti. – Ele estava tão querido…
- Dorme bem, eu também meu príncipe. 
Aquilo tinha sido estranho… O Dudu estava muito querido, e aquilo que ele disse… Não que ele não fosse querido, mas estava mais do que habitual. Tentava perceber o porquê daquilo que tinha acabado de acontecer. Passavam-me tantos pensamentos pela cabeça. Pela primeira vez desde que o meu pai tinha voltado, não pensei nele antes de adormecer. O que era muito bom…
Acabei por adormecer. 
De manhã, fui acordada com um beijo na testa. De quem? Do meu príncipe claro! Para acordar assim todas as manhãs… 
Ele estava cada vez mais lindo, tinha aqueles caracóis loiros acastanhados mais definidos e os olhos azuis estavam sempre com um brilho intenso… Mas não! Ele era o meu melhor amigo, era praticamente como um irmão para mim, não podia… Era melhor esquecer o assunto antes que…
Fomos tomar o pequeno-almoço, e logo depois arranjámo-nos para sair, pois ainda tinha de ir a casa mudar de roupa e buscar os livros. Quando entrei em minha casa não estava ninguém. Os estores estavam levantados o que podia significar que os meus pais não tinham dormido em casa ou então que saíram de manhã cedo. Eu acreditava mais na primeira. Mas na realidade não me preocupei muito com o assunto. Peguei no que tinha a levar, mudei de roupa e desci para ir com o Dudu para a escola.
Contei-lhe que os meus pais não estavam em casa… Ele ficou preocupado, mas admirado por eu não demostrar muita preocupação. Mas afinal porque haveria de estar preocupada, se eles não o estavam minimamente comigo? Chego tarde, não durmo em casa e eles nem dão por nada. Parece que estão fascinados um com o outro de tal forma que não dão importância a nada à sua volta… Era assim que eu, uma miúda com 10 anos, pensava. Mas a verdade é que a situação era mesmo essa…
O dia na escola passou rapidamente. O Duarte foi levar-me a casa e acabou por subir comigo. 
Entrámos:
- Mãe? Estás em casa? – Perguntei eu, na esperança que alguém respondesse. Nada.
- Se calhar foram sair cedo e ainda não voltaram… - Disse o Dudu, ao perceber que estava a ficar realmente preocupada.
- Pois, mas a minha mãe tinha deixado um bilhete a avisar, não? Ela deixa sempre… 
- Se calhar esqueceu-se. Acontece. Não te preocupes Filipa, vais ver que daqui a bocado já estão em casa. – Ele também estava preocupado, eu vi nos olhos dele, mas tentou acalmar-me.
- Espero que sim. Eu vou para o meu quarto a ver se eles chegam, ok? – Disse, como a dizer que queria ficar sozinha.
- Princesa eu não te vou deixar aqui sozinha! Deixas um bilhete a pedir que te avisem se chegarem e vens comigo para minha casa. 
- E se eles não o virem ou se esquecerem de avisar? Ou mesmo se eles não voltarem para casa?!
- Nesse caso dormes lá em casa. De manhã, se ainda não tiverem dito nada, voltamos para cá e tentamos ligar-lhes, pode ser? – Sugeriu ele.
- Não! Eu vou ligar-lhes já… Se não, já sei que não vou conseguir dormir.
- Ok, faz isso. 
Peguei no telefone e marquei o número da minha mãe. Deixei tocar, mas ninguém atendeu. Voltei a tentar. E de novo. Acabei por deixar uma mensagem: “Mãe, o que é que se passa? Não sei onde estão e estou a ficar preocupada. Assim que ouvires esta mensagem liga para casa do Dudu nem que seja só a dizer que estão bem. Beijo.” Desliguei.

Espero que tenham gostado! Os próximos capítulos vão chegar mais rápido que o habitual... E vou começar a pôr uma frase a acompanhar cada título, para tornar tudo mais emocionante! Beijinho*

3 comentários:

Cláudia disse...

Amei como sempre :D e até já eu estou preocupada :c

quase-princesa disse...

Ainda bem princesa :D Pois é, mas em breve (17º Capítulo) já vão saber o que aconteceu...
Beijinho*

Anónimo disse...

O que terá acontecido? Mistériooooo :P