23.4.13

36º Capítulo – “não vinha boa coisa”

Eu sei que é pequenino, mas não tive tempo para mais. Também sei que prometi para sexta-feira, mas tive de estudar e não pude mesmo. Por isso, aqui está mais um capítulo, sem aviso de chegada. Um pouco fraco, mas espero que gostem.


Acabo por desistir, visto que ele não volta a atender. Enrolei-me entre os lençóis, tentando adormecer. Mal tinha começado a tentar quando ouço um pequeno estrondo na janela. Não liguei. Mas aconteceu de novo. Abri os estores o mais silenciosamente que pude, para não acordar a minha mãe, que a esta hora já devia estar num sono bastante profundo, e abri a janela olhando para baixo. Morava no rés-do-chão, por isso não olhei assim tanto para baixo. Mas continuando. Era o Dudu. Vinha claramente vestido à pressa, com as chaves na mão.
- O que estás aqui a fazer? – Perguntei, espantada.
- Não disseste que me querias aqui, contigo? Então aqui estou eu. – E sem mais palavras, começou a trepar a janela, subindo para dentro de casa. Dentro de segundos já estava no meu quarto. 
- E se nos apanham? – Disse eu. Ele olhou para a porta fechada e depois para fechadura. Percebi a mensagem. Fui trancá-la. Provavelmente a minha mãe iria estranhar, mas nem queria pensar nisso. Ele estava ali. Era tudo o que precisava. 
Ele veio direito a mim, olhando-me demoradamente. Agarrou-me na cara, como adorava fazer e beijou-me ao de leve. Envolvemo-nos num beijo que a nós nos pareceu tão demorado e durante os segundos em que estivemos unidos, senti-me a voar. Aquela sensação que só se apoderava de mim quando o beijava estava lá. E senti que aquele amor é mesmo verdadeiro. Era único. Senti que ultrapassaria qualquer coisa. Que qualquer obstáculo nos iria parecer insignificante comparado com o que sentíamos. 
- Estás melhor amor? – Perguntou ele, docemente.
- Agora sim. 
Aquela felicidade iria desaparecer quando o Dudu fosse também. Mas decidi aproveitar o momento. 
Ficámos um pouco a conversar, até que ele se deitou a meu lado na cama, fazendo-me festinhas na cara, para eu adormecer. Ele acabou por adormecer também e só acordámos quando ouvimos a minha mãe a bater à porta.
- Filipa? Porque é que a porta está trancada? – Disse ela.
Fiquei sobressaltada. Olhámos um para o outro, até que ele se levantou da cama, me deu um beijo nos lábios e saiu por onde tinha entrado. 
- Já vou mãe. 
Fui abrir-lhe a porta. Inventei uma desculpa qualquer para a porta ter estado trancada e fui tomar banho. Em breve teria de voltar à escola e poderia voltar a estar com ele. Só essa ideia consolava-me. 
As próximas semanas foram bastante calmas, o Dudu vinha “visitar-me” todas as noites, ficava 2, 3 horas, até eu adormecer e depois voltava. Sabia tão bem. Na escola estávamos juntos sempre que possível, pois estávamos em turmas diferentes. 
Na turma dele, havia uma rapariga que eu não suportava. Nunca fui de criar ódios contra ninguém, mas havia qualquer coisa nela que eu detestava. Nem sabia bem o que era. Talvez por ela não largar o Dudu. Vinha sempre dizer-lhe qualquer coisa nos intervalos, qualquer coisa insignificante, mas que era o suficiente para me pôr mal disposta. Ela sabia que eu não ia com a cara dela, mas parecia fazer questão de me provocar. A menina Marta. Era tão irritante. Alta, loira, olhos pretos. Muito bonita, pelo menos muito mais do que eu. Também a invejava um pouco. Tinha um corpo bem estruturado e era bem melhor que eu. O Dudu parecia nem reparar nisso, mas sei que no fundo a admirava de vez em quando. Odiava isso. Odiava que ela se sentasse todas as aulas ao lado dele e mesmo assim, nos intervalos, ter alguma coisa por dizer. Odiava que ela me olhasse “de lado”, com aquele ar de superioridade. Era toda nariz empinado. Só de pensar nela… 
“Estás a ser parva”. Dizia-me o Dudu. “Tu és muito mais bonita. Ela tem um bocado a mania.”. Mas nem conseguia explicar. Sabia que dali não vinha boa coisa. E surpreendentemente tinha razão. A minha vida ainda ia dar muitas voltas. 

12 comentários:

desconhecida disse...

Já li a tua história e achei muito boa...continua! :)

C. disse...

Gostei muito :)

Pepa disse...

Já vai tão adiantado! :)

Anónimo disse...

finalmente um capítulo *-* amei, tu escreves tão bem e isso merece ser partilhado! continua assim, vou mandar a tua história a amigos para ver se gosta, na boa? o: tu és linda ☻

Unknown disse...

Uau, adorei.

Nonô Torres disse...

r: merci princesse, pelas palavras!

quase-princesa disse...

Anónimo:
pois é *-* oh ainda bem que gostaste e obrigada mesmo :$ claro que podes, até agradeço :b owwn obrigada *--*

Nea* disse...

r: Obrigada eu vou tentar ser feliz quanto a ele não sei...
Sim porque acabamos à cerca de um mês.
Como disse um colega meu precisamente com essa frase: "Só as princesas conseguem mudar um player, tu foste uma princesa, sim foste, porque depois de tudo, de todos os momentos, conseguiste ser uma rainha ao acabar com ele e a dar-lhe a hipótese de serem amigos, já ele não era mais o rei que te merecia, simplesmente não conseguiu passar de principe a rei, mas passou de principe a vagabundo e acredita que sem te ouvir, é assim que ele vai acabar por causa das companhias que tem"
Não dava mais, se queres que te diga era melhor rapaz e muito mais humilde quando era um player do que agora...
Sou amiga dele, até antes de ontem fiz de tudo para ele me ouvir e ver que eu tenho razão, não me ouviu? Quando perceber a verdade já vai ser tarde, porque eu cansei de lutar numa batalha com um só jogador....

Pepa disse...

R: porque já não vinha ao teu blogue há algum tempo.

Cláudia disse...

Porca -.- (a Marta xD) espero que elase mantenha bem longe dele :(

Folhas da minha vida ♥ disse...

li os capítulos todos hoje e amei !
posso dizer que está a ser umas das melhores histórias que já li !
escreves muito bem, acho que deves continuar ♥

Unknown disse...

- A história tá cada vez melhor , é super cativante !
- Muitos Parabéns c:
- BigKiss and BigHug *.*