Para compensar o facto de não poder escrever no fim-de-semana, aqui fica mais um capítulo. Espero que gostem e não se esqueçam de comentar, pois sabem que a vossa opinião é muito importante para mim.
Em cima da mesa estavam vários papelinhos com letras. Os papéis estavam colados à mesa com post-it, para evitar que o vento os levasse. Ao lado, estava uma rosa branca, a minha preferida. Ele pegou na rosa e deu-ma.
Com as letras ele construiu uma frase: “QUERES NAMORAR COMIGO?”.
- Quero uma resposta hoje… - Disse, perante o facto de eu não responder à pergunta.
- Bem, eu não sei o que dizer… A verdade é que fui apanhada de surpresa.
- Só tens de aceitar… Eu sei que já te fiz o mesmo pedido há anos, mas na altura éramos meras crianças, e o nosso amor ainda estava no princípio. Mas hoje… Eu gosto mesmo de ti, aliás eu nunca gostei de mais ninguém, sabes disso. Eu sei que tens medo que isto corra mal e que a nossa amizade acabe, mas isso não vai acontecer. Porque antes de sermos namorados, somos melhores amigos e isso nunca vai mudar!
- Ohh príncipe! O que disseste foi lindo. E sim, tenho medo que uma relação acabe com esta amizade mas tens razão. Antes de sermos namorados, somos melhores amigos. – Disse, repetindo a frase.
- E a resposta é…? – Perguntou ele, ansioso.
Eu peguei nas letras com que ele tinha construído a frase e escrevi “SIM”! Ele sorriu, tinha os olhos a brilhar. Apercebi-me que estava apaixonada não sou por aqueles olhos, como por aquele sorriso, aquele cabelo. Mas acima de tudo estava apaixonada por ele, pela pessoa que ele era. Um rapaz que faz isto pela sua princesa, bem, é um príncipe à séria, sem dúvida.
Sem que tivesse tempo para reagir ele pegou em mim ao colo e começou a beijar-me intensamente. Depois, para estarmos mais “confortáveis” virei-me de frente para ele e continuámos aos beijos.
- Amor? – Disse ele, entre beijos.
- Hm?
- Contamos disto à minha mãe? – Perguntou, finalmente.
- Hm, não sei. Mas de qualquer maneira ela vai acabar por descobrir. Acho melhor contarmos…
- Eu também acho… - Disse, reticente.
- De que tens medo? – Perguntei-lhe.
- Opá… E se ela não nos deixa continuar a dormir no mesmo quarto?
- Oh, achas?! Claro que deixa, ela confia em nós! E além disso não vai acontecer nada de que ela possa ter medo…
- Ya, tens razão.
Como era Inverno, já estava a ficar escuro. Mas não era só por já serem 6 horas e tal, a verdade é que as nuvens estavam muito escuras. Demasiado para o meu gosto.
- Príncipe, achas que vai haver trovoada? – Perguntei-lhe, na esperança que ele respondesse negativamente.
- Não sei, as nuvens estão muito escuras… Mas esperemos que não princesa.
O problema é que eu tinha medo de trovoada desde miúda. E ainda não tinha conseguido ultrapassar esse medo.
- Não achas melhor irmos? – Disse-lhe, olhando o céu cada vez mais escuro.
- Amor, não tens de ter medo. Eu estou aqui, não te vai acontecer nada.
- Eu sei, mas sabes que tenho pavor a trovoada. E estamos aqui, ao ar livre… Ainda nos cai um raio em cima!
- Vá, é melhor irmos andando. – Disse, começando a por a mochila às costas. Fiz o mesmo.
No caminho já se ouvia alguns raios ao longe. O Dudu deu-me a mão e quando esses raios se ouviam, eu apertava-a com muita força. Estávamos quase a chegar quando vimos um relâmpago e uns meros segundos depois, ouviu-se um barulho estrondoso. Eu assustei-me com o barulho e rapidamente me abracei ao Dudu. Depois, seguimos rapidamente para o prédio dele, e ao entrarmos ouviu-se outro raio.
- Pronto, aqui já estamos seguros, princesa. Acalma-te! – Disse, segurando a minha cara com as mãos.
Eu estava toda a tremer. Apesar de saber que ali dentro não nos podia acontecer nada eu continuava a sentir medo.
